- Posso me sentar aqui?
- Sim, claro.
- De onde vocês são?
- Ele é da Bulgária, eu sou da Carolina do Norte. E você?
- Eu sou do Brasil.
... E é assim que mochileiros se agrupam.
Cada um de um canto do mundo, todos no mesmo canto de um vagão, que seguia lentamente rumo a Bern.
Em um sacolejar continuo, debruçados nas janelas abertas, contemplávamos aquela paisagem de verão, onde as vaquinhas saboreavam a grama das montanhas circundadas pelos lagos azuis.
Cada um de nós havia percorrido um caminho bastante diferente até aquele momento, mas pelas próximas horas, seguiríamos juntos pelos mesmos trilhos.
Aquela era a única rota e a nossa motivação em chegar a um destino comum proporcionava um sentimento de união. Talvez, se os caminhos fossem múltiplos, nunca haveríamos nos encontrado. Caso outras rotas existissem, cada um teria escolhido uma que mais facilitasse a sua viagem, dependendo do seu ponto de partida.
Caminhos são parte das decisões, em todas as áreas. Uma vez escolhido o destino, também precisamos escolher a melhor maneira de chegar até ele - e neste ponto reside a dificuldade.
Quando muitos destinos estão expostos a frente, também muitos caminhos podem ser escolhidos. Como saber então por qual deles continuar?
A dúvida muitas vezes se apresenta como uma nuvem escura que passa cobrindo o sol. Enquanto estamos sob a sua sombra, ela nos mantem inertes. Ali estagnados, em frente a alguma encruzilhada nos caminhos da vida, tentamos imaginar o que viria após a curva em qualquer uma das estradas.
Enquanto muitas considerações podem levar a um certo desnorteamento, é preciso lembrar que a dúvida faz parte de um benefício. Ela é um indicador que diversas possibilidades estão disponíveis.
Há quem diga que todos os caminhos por onde se passa já foram previamente determinados. A possibilidade de escolha de uma rota diferente seria meramente uma ilusão devido a nossa ignorância sobre a continuação de todos os trajetos.
Engano ou realidade, a única forma de sair da sombra é seguindo em frente - não importa muito qual a direção chamada de "frente".
O importante mesmo é prosseguir, entrar no vagão e seguir pelos trilhos.
Outras pessoas também estarão lá rumo a um mesmo destino. Isto será o suficiente.
lindas, lindas, lindas as fotos e o texto de uma percepção e simplicidade que dá gosto de ler.
ReplyDeleteque lugar verde. onde é?
beijoo
Oi Paula,
Deleteas fotos sao da regiao de Interlaken, na Suica :)
bjsss
Ah que beleza de imagens, eu bem que poderia estar no mesmo vagão seguindo um rumo qualquer!
ReplyDeleteA vida é isso mesmo, uma estrada cheia de escolhas a fazer e consequências a arcar!
Márcia
Oi Márcia,
Deletequem sabe agente nao se tromba em algum dos vagoes da vida por ai ainda...
bjsss
Oi Dé!
ReplyDeletePôr a mochila nas costas e ir de trem é simples como a vida que segue obedecendo o rumo dos trilhos...
Abração
Jan
realmente :)
Deleteabracos
Suas fotos ficaram lindas e o texto ficou maravilhoso, como ja falaram ai em cima a vida e desse jeito, muitas escolhas e cada uma com uma consequencia diferente. Ah mas uma coisinhas eu adoro fazer essas viagens estilo mochilao onde a gente vai conhecendo pessoas pelo caminho =)
ReplyDeleteBeijinhos
obrigada Monique!
Deleteum bom final de semana para voce
bjs
Texto e fotos fantásticas! Adorei :)
ReplyDeleteobrigada querida :)
DeleteBacana o relato, as fotos, tudo, Dé.
ReplyDeleteMeu abraço!
obrigada Moacir :)
DeleteLindas fotos, Dé! E o texto então nem se fala... perfeito. Concordo que ignorar as dúvidas e seguir trilhos dos destinos diversos é a melhor opção, pois só assim o rumo certo aparece. beijinhos e lindo final de semana.
ReplyDeleteObrigada Barbie! Bom final de semana para voce tambem
Deletebjsss